Copa Libertadores de América: História, Curiosidades e Fatos Interessantes
A Copa Libertadores de América é a competição mais importante do futebol sul-americano e tem a mesma relevância para o nosso continente que a Liga dos Campeões para os europeus.
Seu nome é uma homenagem aos libertadores dos países sul-americanos: Simón Bolívar, José de San Martín, José Bonifácio de Andrada e Silva, Dom Pedro I, Antonio José de Sucre, José Artigas e Bernardo O’Higgins.
Indice
História da Copa Libertadores de América
A história da Copa Libertadores de América começa em 1960 e inicialmente a competição era exclusiva para os campeões nacionais de cada país. Por esse motivo, foi chamada de Copa dos Campeões da América. O Bahia, campeão da Copa do Brasil de 1959, foi o primeiro clube brasileiro a disputar o torneio, vencido pelo Peñarol, do Uruguai. As outras equipes participantes foram Jorge Wilstermann da Bolívia, Millonarios da Colômbia, Olympia do Paraguai, San Lorenzo da Argentina e da Universidade do Chile.
Em 1961, o Peñarol voltou a vencer a competição. Porém, o torneio não despertou o interesse esperado no continente, até que Santos de Pelé, em 1963, venceu o torneio e encantou o mundo. A partir daí, cresceu o interesse pela competição que se tornaria a mais importante do futebol latino.
A partir de 1965, a Copa dos Campeones da América foi renomeada para Copa Libertadores da América. Assim, desde 1966, os vice-campeões nacionais também podiam participar da taça.
A partir da década de 1980, a concentração de títulos argentinos não era mais tão grande como antes e o Atlético Nacional da Colômbia foi o primeiro campeão fora da Argentina, Brasil, Uruguai ou Paraguai. A façanha se repetiu em 1991 pelo Colo Colo do Chile e só em 2004 pelo incrível Once Caldas, também da Colômbia e em 2008 pela LDU de Quito, único campeão americano na história do futebol equatoriano.
Entre 1998 e 2016, os clubes mexicanos participaram da competição, chegando a chegar a 3 finais, mas sempre em segundo lugar. Os vice-campeões mexicanos na América foram o Cruz Azul em 2001, o Chivas Guadalajara em 2010 e o Tigres em 2015.
A partir de 2019, a final da Copa Libertadores será disputada em uma única partida, em local previamente definido para o torneio. O Estádio Nacional de Santiago, no Chile, será o primeiro a receber a decisão no formato de jogo único.
Finais históricas e inesquecíveis da Libertadores da América
Como todo torneio altamente competitivo, a Libertadores da América tem um longo histórico de jogos inesquecíveis, principalmente se pensarmos nos jogos finais. Poderíamos listar dezenas de ocasiões, mas preferimos nos concentrar nas mais recentes, dos anos 2000 para frente.
Fluminense (1) 2 x 1 (3) LDU de Quito – 2008
O torcedor do Fluminense com certeza nunca vai esquecer essa final. E esta não é uma boa memória. O time carioca nunca esteve tão perto de conquistar a América, saiu perdendo e virou o LDU no Maracanã lotado, mas viu que o sonho se foi na cobrança de pênaltis. Por outro lado, a LDU seria a primeira e única campeã equatoriana da Libertadores de América.
Once Caldas (2) 1 x 1 (0) Boca Juniors – 2004
O modesto Once Caldas da Colômbia é provavelmente o campeão mais surpreendente da história da Libertadores. O clube colombiano mostrou à América que é possível sonhar na competição mais importante do continente ao vencer o poderoso Boca Juniors nos pênaltis em uma final histórica na cidade de Manizales, na Colômbia.
São Paulo 4 x 0 Atlético Paranaense – 2005
A final de 2005 foi a primeira da história entre dois clubes do mesmo país. E os dois brasileiros, reforçando a força do futebol “canarinho”. O São Paulo enfrentou o surpreendente furacão Atlético Paranaense e conquistou o título, com vitória no Morumbi.
Curiosidades da Copa Libertadores
Apenas um tetracampeão: Independente da Argentina, continua sendo o único clube a ser campeão da Libertadores por quatro vezes consecutivas, entre 1972 e 1975.
Três finais perdidas em sequência: América de Cali tem registro negativo de três finais consecutivas da Libertadores entre 1985 e 1987. Na Colômbia acredita-se que o motivo seja a “maldição de Garabato”, um ex-jogador e empresário que amaldiçoou o clube em 1948, dizendo que o América nunca seria campeão.
25 campeões: a competição até agora conta com 25 campeões diferentes de 7 países da América do Sul. Apenas Bolívia, Peru e Venezuela não tiveram um clube campeão da Copa Libertadores. O México que participou das edições de 1998 a 2016 também não ganhou a competição.
Campeões como jogador e como treinador: Até o momento, 8 profissionais conquistaram a façanha de serem campeões como jogador e como treinador. São 5 argentinos, 1 peruano, 1 uruguaio e apenas 1 brasileiro.
A primeira partida: A primeira partida da Copa Libertadores aconteceu no dia 19 de abril de 1960, entre Peñarol e Jorge Wilstermann, e a partida terminou em 7 a 1 pelo clube uruguaio.
O primeiro gol: O uruguaio Carlos Borges, do Peñarol fez o primeiro gol da história da competição.
Carlos Bianchi: O técnico argentino Carlos Bianchi é o técnico da Libertadores com mais títulos, com 4 no total. Ele ganhou em 1994 para o Vélez Sarsfield e depois em 2000, 2001 e 2003, todos para o Boca Juniors.
Alberto Spencer: O equatoriano Alberto Spencer é o maior goleador da história da Libertadores. Jogando pelo Barcelona de Guayquil marcou 6 gols e jogando pelo Peñarol marcou 48 gols, com um total de 54 gols marcados na competição.
Recorde de audiência: a final da Copa Libertadores de 1997, entre Cruzeiro e Sporting Cristal, no Mineirão, detém o recorde histórico de audiência até hoje, com 106 mil torcedores.
Finais de clubes do mesmo país: A primeira final de clubes do mesmo país aconteceu em 2005, entre São Paulo e Athlético Paranaense. A final brasileira se repetiu no ano seguinte entre São Paulo e Internacional. A terceira final entre equipes do mesmo país aconteceu em 2018, com o clássico entre os argentinos Boca Juniors e River Plate.
Atualização mais recente : Dezembro 2024
Jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e especialista em reportagens e entrevistas. Autor do livro Os Mestres do Espetáculo sobre os maiores narradores esportivos da história do rádio brasileiro. Livro disponível no Museu do Futebol de São Paulo.