Futebol brasileiro: Flamengo lidera média de torcedores dentro de casa desde 1967
A torcida do Flamengo foi uma das principais armas do time para os bons resultados em 2019, principalmente durante o Brasileirão. Entretanto, isso não é algo inédito para a equipe, que conta com uma das torcidas mais fiéis do futebol nacional. Segundo pesquisa divulgada no início deste ano, os rubro-negros estão ao lado de Corinthians e Atlético Mineiro na média de torcedores nos estádios desde 1967 até a temporada passada.
O estudo foi realizado, e também divulgado, no final de janeiro e contabiliza os números de torcedores que cada time levou aos estádios nos últimos anos como mandante. Os dados vão desde 1967, quando as equipes nacionais ainda disputavam a Taça Brasil, até o final de 2019. O Flamengo aparece na liderança, com uma média de 29.159 torcedores por jogo, em quase 804 partidas contabilizadas dentro de casa.
Na segunda posição está o Corinthians, que também é conhecido pela fidelidade dos torcedores. O alvinegro tem uma média de 25.842, o que significa 19.924.801 torcedores em 771 jogos. A equipe do Atlético Mineiro é a surpresa da lista, deixando para trás times com torcidas maiores, como o Palmeiras e o São Paulo. O Galo conta com uma média de 22.917 pessoas no estádio, incluindo jogos no Mineirão e também na Arena Independência.
Esse trio se destaca na lista e os times que o compõem possuem uma certa distância para os outros clubes. Palmeiras, Cruzeiro, Bahia e Grêmio aparecem logo em seguida, mas com médias que não ultrapassam os 21.500 torcedores. Ou seja, nos próximos anos será difícil surgir alguma equipe que desbanque Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro como destaque. Além disso, a boa fase do clube carioca, que dominou o Brasileirão de 2019, deve ajudar a ampliar a vantagem rubro-negra na lista.
Comparação com a Europa
Apesar de alguns bons números, o futebol brasileiro ainda está longe da média de torcida dos clubes europeus. Na temporada passada, por exemplo, o Borussia Dortmund levou em média 80.820 torcedores para os estádios, sendo, dessa forma, o líder em público por toda a Europa, deixando para trás times como Barcelona, com 75.208, Bayern de Munique, com 75.000, e Manchester United, com 74.498 fãs.
Outro bom exemplo é a final da Liga dos Campeões, que todo ano acontece em um país diferente e tem uma elevada média de público. Em 2020, a expectativa fica em torno dos torcedores de Liverpool e Manchester City, que são cotados como os favoritos em sites de aposta esportiva online e costumam encher os estádios quando jogam. No dia 11 de fevereiro, os Citizens apareciam com 20% de chance de título, enquanto os Reds tinham 18,2% de chance de defender o título conquistado na temporada passada. Ou seja, um deles deve chegar lá.
Entretanto, a comparação é um pouco injusta, pois a estrutura dos clubes europeus é maior. Os times possuem dinheiro suficiente para manter elencos fortes e disputar título quase todo ano. Essa força foi mostrada no Mundial de Clubes de 2019, quando o Liverpool venceu o Flamengo e aumentou a vantagem dos europeus contra os sul-americanos na disputa. Foi o 36º título da Europa contra um campeão da Libertadores.
Futuro no Brasil
Uma das perguntas que ficam, principalmente olhando todos esses números, é se os times brasileiros vão conseguir aumentar o público que possuem jogando em casa. A torcida do Flamengo em 2019 pode indicar que o caminho é positivo. Os torcedores rubro-negros atingiram a média de 50.693 até o final do ano e entraram na lista dos 20 clubes que mais levaram pagantes para os estádios.
Torcida não falta no futebol brasileiro, principalmente se olharmos os grandes clubes. O que é preciso, na verdade, é uma certa estabilidade, algo comum na Europa. Equipe com estrutura é sinônimo de elencos mais fortes e jogadores decisivos. Um exemplo foi a excelente temporada de Gabigol, que em 2018 foi decisivo pelo Santos, sendo logo depois contratado pelo Flamengo.
Outro ponto são os estádios, e isso pode causar algumas complicações. A Arena Corinthians, por exemplo, tem capacidade para 49.250 torcedores. Ou seja, a equipe nunca terá uma média maior do que a dos clubes europeus. Por motivos como este, a diferença para os europeus é grande, e o Brasil precisa pensar primeiro em criar boas estruturas nos clubes e fazer com que eles estejam sempre com elencos fortes na corrida por títulos.
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