Mangueirão – Remo e Paysandu
Clube: Remo e Paysandu
Inauguração: 1978
Capacidade: 45.007
Indice
Descrição e história do estádio
O Estádio Olímpico do Pará, também conhecido como Mangueirão ou pelo seu nome oficial, Estádio Estadual Jornalista Edgar Augusto Proença, foi inaugurado em 4 de março de 1978, em Belém, no Pará. Propriedade do Governo do Estado do Pará, o estádio tem capacidade máxima atual de 45.007 espectadores. O apelido “Mangueirão” foi criado pelo cronista esportivo Moacir Calandrini.
O Mangueirão é sede dos principais clubes do Estado: o Paysandu Sport Club e o Clube do Remo. Seu nome formal homenageia Edgar Proença, jornalista e locutor esportivo do estado do Pará, além de fundador da Rádio Paraense, a primeira estação de rádio do Estado.
O projeto arquitetônico do estádio Mangueirão data de agosto de 1969. O estádio foi projetado pelo arquiteto Alcyr Meira. O governador do Pará na época, Alacid Nunes, encomendou a construção de um estádio de futebol para 120 mil pessoas. As obras começaram em 1970, quando foram construídas a vala, o campo e as arquibancadas gerais. Um ano depois, o projeto foi alterado e a capacidade máxima prevista para o estádio foi reduzida de 120 mil para 70 mil. Em 1971, as obras foram reiniciadas, com a construção do primeiro módulo estrutural.
A primeira partida do estádio, ainda em caráter não oficial, ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1978, com a vitória do Clube do Remo sobre o Operário-MS, pelo Campeonato Brasileiro de 1977. A partida inaugural, no entanto, foi disputada em 4 de março de 1978, quando um time de estrelas do Pará (formado por jogadores do Remo, Paysandu e Tuna Luso) derrotou uma seleção de base do Uruguai por 4 a 0. O primeiro gol do estádio foi marcado pelo jogador Mesquita, do Remo.
O recorde de público do estádio é de 64.010 espectadores, tendo sido estabelecido em 11 de julho de 1999, em um jogo entre Remo e Paysandu (cujo resultado foi um empate em 1 a 1 entre as equipes).
No ano de 2000, o Mangueirão entrou em um período de reformas para a conclusão de suas arquibancadas, o que durou até 2002. Em 2002, 24 anos após a inauguração do estádio, o Mangueirão foi reinaugurado como estádio olímpico. Para a sua remodelação, foram gastos R$ 30 milhões pelo governo do estado do Pará.
A partida reinaugural foi disputada em 1º de maio de 2002, quando Remo e Paysandu empataram em 2 a 2. O primeiro gol do estádio após a reinauguração foi marcado por Balão, de Remo.
A partida mais importante disputada no Mangueirão foi o primeiro jogo da final da Copa dos Campeões, em 31 de julho de 2002, quando o Cruzeiro venceu o Paysandu por 2 a 1 e encaminhou o título da competição.
O recorde de público registrado no estádio após a sua reinauguração é de 57.248 espectadores, quando o Boca Juniors venceu o Paysandu por 4 a 2, pela Taça Libertadores de 2003.
Belém já recebeu quatro jogos da Seleção Brasileira, desde sua inauguração. O primeiro jogo da Seleção em Belém ocorreu no dia 8 de novembro de 1990, quando a equipe empatou em 0 a 0 com a seleção do Chile. Em 1997, o Brasil realizou um amistoso contra a seleção do Marrocos, em meio aos preparativos para a Copa do Mundo de 1998. Nessa ocasião, com o Mangueirão lotado, o Brasil venceu pelo placar de 2 a 0, sendo ambos os gols anotados pelo atacante Denílson.
Em 2005, já após a reforma, em jogo válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, a seleção venceu a Venezuela por 3 a 0. Os gols brasileiros foram anotados por Adriano, Ronaldo e Roberto Carlos. Em 2011, a Seleção esteve pela última vez no estádio. Na ocasião, o Mangueirão foi palco do Superclássico das Américas, disputada por Brasil e Argentina. O Brasil ganhou por 2 a 0 e levantou a taça de Campeão das Américas. Os gols da partida foram marcados por Lucas e Neymar.
Como chegar ao Mangueirão
O Mangueirão está situado na região norte da cidade de Belém, a mais de 10km do tradicional mercado Ver-o-Peso e das demais atrações da área turística e central da cidade. Para chegar até ele vindo do Centro, de ônibus, você pode pegar as linhas 321 (UFPA – Cidade Nova 6), 654 (Benguí – Pres. Vargas (via Arthur Bernardes), 768 (Satélite – UFPA) e 777 (Tenoné – Pres. Vargas).
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, 1240, Belém.
Comer, beber e dormir perto do Mangueirão
A área imediatamente próxima do Mangueirão não tem muitas alternativas de bares e restaurantes, além de estar distante dos principais pontos turísticos da cidade. No entanto, fica relativamente perto do aeroporto da cidade.
Está próximo, ainda, do Conjunto Catalina. O conjunto está situado na rodovia Centenário, no bairro do Mangueirão, estando cercado pelos bairros do Mangueirão e Benguí, Condomínio Cristal Ville, Água Cristal e por outros conjuntos recentes do governo estadual.
O comércio familiar no Catalino é variado. Ele tem um conjunto de bares em sua região central, onde torcedores do Remo e do Paysandu costumam se reunir antes e depois dos jogos realizados no Mangueirão.
Devido à grande distância para o centro da cidade, recomenda-se dormir perto do estádio (ou do aeroporto), caso sua estadia não vá ser muito longa a ponto de você querer conhecer os pontos turísticos mais óbvios.
Passeios no Mangueirão
Atualmente, está em funcionamento o “Centro de Visitação Estádio Olímpico Edgar Proença”, uma iniciativa da Secretaria de Esporte e Lazer (SEEL) do Estado do Pará com apoio da Universidade Federal do Pará (UFPA). O projeto consiste em uma visita guiada por diversos ambientes do Mangueirão, incluindo arquibancada, vestiários, tribuna de honra, e túnel de acesso ao gramado.
A visitação dura 50 minutos e pode ser feita todos os dias, com exceção de dias de jogos, das 8h30 às 12h e das 14h às 16h30. Há um limite de 50 pessoas por grupo. Agendamentos de grupos devem ser feitos por e-mail.
Para mais informações, mande e-mail para [email protected] ou telefone para o número (91) 3131-2850/2851.
Links úteis
Clubedoremo.com.br – Site oficial do Remo
Paysandu.com.br – Site oficial do Paysandu
Seel.pa.gov.br – Site da Secretaria de Esporte e Lazer do Estado do Pará
Jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e especialista em reportagens e entrevistas. Autor do livro Os Mestres do Espetáculo sobre os maiores narradores esportivos da história do rádio brasileiro. Livro disponível no Museu do Futebol de São Paulo.